domingo, 28 de abril de 2013

Alpha IMS

Implante retinal restaura visão de oito pessoas cegas



Enquanto o Argus II precisa de óculos, uma câmera externa, e um processador separado, o sistema Alpha IMS detecta sinais de luz vindo até o olho via eletrodos implantados sob a retina do paciente, e então alimenta um microchip que envia informações ao cérebro.  O cérebro então processa esses dados como sinais orgânicos de um olho saudável, e o paciente vê uma imagem em preto e branco. Há também um discador localizado na orelha para ajustar o brilho, e o sistema todo é alimentado sem fios, por uma bateria de bolso.


Desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Tübingen, na Alemanha, o Alpha IMS tem alguns benefícios contra o Argus II. Ele possui 1,500 eletrodos, contra 60 do Argus II, oferecendo resolução e nitidez muito maiores. Como ele é implantado na retina, o paciente pode olhar ao redor naturalmente ao movimentar seu olho – o Argus II exige que o paciente vire o rosto. Também é possível tirar vantagem do “processador de poder natural” dos neurônios na retina, que ajuda a processar o movimento e o contraste.

Infelizmente, o Alpha IMS não pode ajudar a todos. Somente pacientes que perderam a visão através de doenças que destroem as células dos olhos que detectam a luz podem ser ajudados pela prótese – se a parte do sistema nervoso que processa a visão tiver sido danificada, então o dispositivo não tem para onde enviar seus dados.

Nove pacientes já realizaram a implementação da prótese, dos quais oito foram bem-sucedidos. O nervo ótico do último paciente foi tocado durante a cirurgia, causando a falha no implante. A primeira leva de pacientes que tiveram sucesso ao implantar a prótese é encorajadora. De perto, pacientes que antes eram cegos conseguiram distinguir formatos de bocas e sorrisos; a ausência ou a presença de óculos no rosto de pessoas; e até mesmo detalhes como placas em portas. Já de longe, os pacientes enxergaram a linha do horizonte, árvores, casas, e lagos. Carros foram localizados baseado em seu reflexo, e durante a noite um paciente conseguiu reconhecer um carro por seus faróis.

Com certeza ainda é o início dos tempos para o AlphaIMS. Seguindo os primeiros pacientes, outros testes já começaram em centros como no Reino Unido, Hong Kong, e Hungria, com foco em desenvolver segurança e estabilidade a longo prazo para o implante.

Via The Verge



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